domingo, 30 de janeiro de 2011

Mundo pão

Todo mundo tem seus dias difíceis. Um dia você acorda e pensa que deveria continuar dormindo. No outro você acorda feliz da vida e, de repente, permite que alguém acabe com seu humor que parecia inabalável. Por vezes, você acha que está em um diálogo ordinário e acaba levando uma patada gratuita.

Todo mundo tem seus dias felizes. Parece que a vida está seguindo seu curso natural, sem grandes mudanças, mas em um virar a esquina você encontra um olhar amigo e seu coração explode de alegria. Você vai dormir pensando que teve um dia perdido e quando menos espera está em um sonho leve e colorido. O telefone toca e do outro lado da linha aquela voz tão esperada.

Imagem de The Fine Dining Blog

Por mais piegas que seja meu pensamento, cabe mim escolher ver o mundo cão ou o mundo pão. O meu mundo é pão. Na minha cabeça eu faço um esforço extraordinário para transformar o que parece uma esponja pegajosa em uma linda base para fermentar o mundo. Escolhi ver a beleza da vida borbulhando, mesmo que desforme e de vez em quando incompreensível, como uma promessa de uma bela fornada de pães corados e cheirosos.

Pão e vida não são controláveis. Você tenta, amassa, enforma, corta... Mas eles saem do jeito que têm que sair. São tantos fatores que influenciam no produto final! O calor, a energia, os momentos de descanso. E você molda, pincela, polvilha... Tudo em uma desvairada vontade de construir um sonho. Tudo em nome de concretizar sua mente em algo que possa oferecer ao mundo. Por vezes em vão.

De pão em pão se vive. De mundo em mundo se tenta. De história em história, um pão.